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9.9.2024

Brasil é o 2º maior produtor de etanol combustível do mundo

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de etanol no mundo, especialmente etanol produzido a partir de cana-de-açúcar, mas também tem visto um crescimento na produção a partir do milho. Este biocombustível desempenha um papel significativo na matriz energética brasileira, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa. A seguir, apresentaremos as oportunidades e os desafios para o Brasil na produção, armazenamento e exportação de etanol, considerando as pressões internacionais para descarbonização e o crescimento paralelo de outras fontes de energia limpa, como biodiesel e energia solar.

A evolução do setor Sucroenergético no Brasil: políticas públicas em prol da sustentabilidade

O Brasil é o 2º maior produtor global de etanol, logo atrás dos Estados Unidos que, com 50% da produção mundial aproximadamente, é o maior produtor, consumidor e exportador do biocombustível no mundo. O setor sucroenergético é vital na composição da cadeia agroindustrial do Brasil e, consequentemente, na economia brasileira. Ele compreende o ciclo produtivo da cana-de-açúcar que pode derivar em diversos produtos finais, incluindo o etanol

Políticas públicas favoráveis - como o Proálcool (Programa Nacional do Álcool), lançado na década de 1970, e o PNPB (Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel), introduzido em 2004 - foram essenciais para estabelecer as bases da produção de biocombustíveis no Brasil. Seguindo esse histórico de incentivos, o programa RenovaBio, lançado em 2016 pelo governo brasileiro como a “política nacional de biocombustíveis”, visou expandir ainda mais a produção de biocombustíveis no país como parte de seu compromisso com a descarbonização, incentivando a produção e o uso de biocombustíveis através da certificação da produção sustentável e da comercialização de Créditos de Descarbonização (CBIOs). O RenovaBio ganhou impulso desde que a B3, bolsa de valores do Brasil, começou a negociar CBios em abril de 2020. Para fortalecer a iniciativa, o BNDES criou um programa de empréstimo específico com condições incentivadas para apoiar o desenvolvimento de projetos de redução de carbono sob a política RenovaBio.

O setor sucroenergético tem evoluído ao longo dos anos com investimentos em tecnologia e inovação. A introdução de novas variedades de cana-de-açúcar, técnicas avançadas de manejo agrícola e melhorias no processo de produção de etanol e energia elétrica têm contribuído para aumentar a eficiência e a sustentabilidade do setor.

Expansão e sustentabilidade: a ascensão da produção de etanol no Brasil

O Brasil possui uma posição consolidada como líder na produção de etanol de cana-de-açúcar, considerado uma das fontes mais eficientes e sustentáveis de biocombustíveis devido à sua alta produtividade e baixa emissão de carbono. Em 2023, a produção total de etanol no Brasil é estimada em 33 bilhões de litros, um aumento de 8% em relação a 2022, impulsionado pelo crescimento na produção de cana-de-açúcar e pelo aumento constante na produção de etanol de milho.

Fato interessante, nos últimos cinco anos, a produção de etanol de milho no Brasil teve um crescimento espetacular de 800%, saltando de 520 milhões de litros para 4,5 bilhões de litros. Com investimentos previstos de R$ 19 bilhões nos próximos sete anos, o Brasil se posiciona como o segundo maior produtor global de etanol de milho, atrás apenas dos Estados Unidos. Empresas como a FS, pioneira na utilização exclusiva de milho para a produção de etanol, exemplificam esse avanço, aumentando sua capacidade de produção de 230 milhões para cerca de 1,5 bilhão de litros anuais. Outras empresas, como o Grupo Inpasa e a São Martinho, têm liderado essa expansão, aproveitando as tecnologias existentes e os mercados em desenvolvimento. Essas empresas têm expandido suas operações, beneficiando-se da capacidade do milho de ser armazenado e processado durante todo o ano, diferentemente da cana-de-açúcar.

Além do benefício econômico, o etanol de milho contribui para a agenda de descarbonização, oferecendo uma alternativa sustentável de combustível. Com a capacidade de adaptar usinas de cana para processar milho, o Brasil explora modelos flex e full-flex para maximizar a produção. Atualmente, o etanol de milho e cereais já representa mais de 20% da produção nacional do biocombustível, com a expectativa de que essa participação chegue a um terço até 2033. Comparado à cana-de-açúcar, o etanol de milho tem se mostrado economicamente mais viável, com um custo de produção 16% mais baixo nos últimos dois anos. Além disso, a venda de subprodutos, como ração animal, cobre grande parte dos custos de produção do grão, aumentando os lucros.

O setor sucroenergético, incluindo tanto a produção de etanol de cana-de-açúcar quanto de milho, é vital na composição da cadeia agroindustrial do Brasil e na economia brasileira. Em termos financeiros, o PIB da cadeia sucroenergética representa aproximadamente 2% do PIB brasileiro, com mais de 1.000 municípios participando de suas atividades e gerando mais de 700 mil vagas de emprego formal. O setor também é responsável por aproximadamente 5% da energia elétrica consumida no país.

Exportação de Etanol: crescimento, impactos econômicos e sustentabilidade

As exportações de etanol do Brasil atingiram 2,44 bilhões de litros em 2022, um aumento de 25% em comparação com o ano anterior. No entanto, as exportações de etanol para 2023 são estimadas em 2,21 bilhões de litros, uma queda de 239 milhões de litros em comparação com o ano anterior. Em 2022, o Brasil exportou aproximadamente 427 milhões de litros de etanol para a Europa de janeiro a agosto, um volume 435% maior que os números do mesmo período em 2021. Até o final de 2022, esperava-se que o Brasil exportasse 600 milhões de litros de etanol para a Europa, estabelecendo um novo recorde. 

Os principais destinos de exportação para o etanol brasileiro são Coreia do Sul, Países Baixos e Estados Unidos. Em 2021, a Coreia do Sul foi o país líder em destino para as exportações de etanol combustível do Brasil. Os Estados Unidos também são um importador notável de etanol brasileiro, particularmente para uso como combustível na Califórnia devido à classificação favorável de Intensidade de Carbono (CI) que o etanol de cana-de-açúcar brasileiro recebe sob o Padrão de Combustível de Carbono da Califórnia (LCFS) e o mercado de créditos de carbono do estado.

A expansão do setor sucroenergético tem impulsionado o crescimento econômico e aprimorado as condições de vida, particularmente em regiões rurais menos desenvolvidas. A instalação de usinas de cana-de-açúcar contribui para o desenvolvimento populacional e econômico em municípios como Rio Brilhante, que, entre 2000 e 2014, viu sua população aumentar de 20 mil para cerca de 35 mil habitantes devido à instalação de três novas usinas. Este aumento populacional promove a circulação de renda e a expansão do comércio local, exigindo mais serviços públicos e impulsionando o desenvolvimento urbano.

Além disso, a cultura da cana estimula inovações tecnológicas na agricultura, como a rotação de culturas com leguminosas, que, além de combater pragas e doenças, enriquecem o solo com nitrogênio, reduzindo em até 40% os custos de implantação de novos canaviais. O uso de bagaço de cana em períodos de estiagem como alimento para ruminantes também representa uma estratégia econômica, diminuindo os custos de produção. Estudos indicam que um aumento significativo na área cultivada com cana-de-açúcar causaria um impacto mínimo no desflorestamento, ressaltando os benefícios ambientais do etanol. Para o setor sucroenergético, programas de sustentabilidade e certificações são formas de driblar as controvérsias a respeito do setor, permitindo a obtenção de dados mais certeiros e concretos, avaliações progressivas, garantindo maior apoio de investidores, agentes, e favorecendo a internacionalização do mercado para o produto.

Essas iniciativas refletem o compromisso do setor sucroenergético com o desenvolvimento sustentável, evidenciando a contribuição da cultura da cana para o avanço econômico, a inovação tecnológica na produção agrícola e a preservação ambiental.

Brasil é o 2º maior produtor de etanol combustível do mundo

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9.9.2024
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O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de etanol no mundo, especialmente etanol produzido a partir de cana-de-açúcar, mas também tem visto um crescimento na produção a partir do milho. Este biocombustível desempenha um papel significativo na matriz energética brasileira, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa. A seguir, apresentaremos as oportunidades e os desafios para o Brasil na produção, armazenamento e exportação de etanol, considerando as pressões internacionais para descarbonização e o crescimento paralelo de outras fontes de energia limpa, como biodiesel e energia solar.

A evolução do setor Sucroenergético no Brasil: políticas públicas em prol da sustentabilidade

O Brasil é o 2º maior produtor global de etanol, logo atrás dos Estados Unidos que, com 50% da produção mundial aproximadamente, é o maior produtor, consumidor e exportador do biocombustível no mundo. O setor sucroenergético é vital na composição da cadeia agroindustrial do Brasil e, consequentemente, na economia brasileira. Ele compreende o ciclo produtivo da cana-de-açúcar que pode derivar em diversos produtos finais, incluindo o etanol

Políticas públicas favoráveis - como o Proálcool (Programa Nacional do Álcool), lançado na década de 1970, e o PNPB (Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel), introduzido em 2004 - foram essenciais para estabelecer as bases da produção de biocombustíveis no Brasil. Seguindo esse histórico de incentivos, o programa RenovaBio, lançado em 2016 pelo governo brasileiro como a “política nacional de biocombustíveis”, visou expandir ainda mais a produção de biocombustíveis no país como parte de seu compromisso com a descarbonização, incentivando a produção e o uso de biocombustíveis através da certificação da produção sustentável e da comercialização de Créditos de Descarbonização (CBIOs). O RenovaBio ganhou impulso desde que a B3, bolsa de valores do Brasil, começou a negociar CBios em abril de 2020. Para fortalecer a iniciativa, o BNDES criou um programa de empréstimo específico com condições incentivadas para apoiar o desenvolvimento de projetos de redução de carbono sob a política RenovaBio.

O setor sucroenergético tem evoluído ao longo dos anos com investimentos em tecnologia e inovação. A introdução de novas variedades de cana-de-açúcar, técnicas avançadas de manejo agrícola e melhorias no processo de produção de etanol e energia elétrica têm contribuído para aumentar a eficiência e a sustentabilidade do setor.

Expansão e sustentabilidade: a ascensão da produção de etanol no Brasil

O Brasil possui uma posição consolidada como líder na produção de etanol de cana-de-açúcar, considerado uma das fontes mais eficientes e sustentáveis de biocombustíveis devido à sua alta produtividade e baixa emissão de carbono. Em 2023, a produção total de etanol no Brasil é estimada em 33 bilhões de litros, um aumento de 8% em relação a 2022, impulsionado pelo crescimento na produção de cana-de-açúcar e pelo aumento constante na produção de etanol de milho.

Fato interessante, nos últimos cinco anos, a produção de etanol de milho no Brasil teve um crescimento espetacular de 800%, saltando de 520 milhões de litros para 4,5 bilhões de litros. Com investimentos previstos de R$ 19 bilhões nos próximos sete anos, o Brasil se posiciona como o segundo maior produtor global de etanol de milho, atrás apenas dos Estados Unidos. Empresas como a FS, pioneira na utilização exclusiva de milho para a produção de etanol, exemplificam esse avanço, aumentando sua capacidade de produção de 230 milhões para cerca de 1,5 bilhão de litros anuais. Outras empresas, como o Grupo Inpasa e a São Martinho, têm liderado essa expansão, aproveitando as tecnologias existentes e os mercados em desenvolvimento. Essas empresas têm expandido suas operações, beneficiando-se da capacidade do milho de ser armazenado e processado durante todo o ano, diferentemente da cana-de-açúcar.

Além do benefício econômico, o etanol de milho contribui para a agenda de descarbonização, oferecendo uma alternativa sustentável de combustível. Com a capacidade de adaptar usinas de cana para processar milho, o Brasil explora modelos flex e full-flex para maximizar a produção. Atualmente, o etanol de milho e cereais já representa mais de 20% da produção nacional do biocombustível, com a expectativa de que essa participação chegue a um terço até 2033. Comparado à cana-de-açúcar, o etanol de milho tem se mostrado economicamente mais viável, com um custo de produção 16% mais baixo nos últimos dois anos. Além disso, a venda de subprodutos, como ração animal, cobre grande parte dos custos de produção do grão, aumentando os lucros.

O setor sucroenergético, incluindo tanto a produção de etanol de cana-de-açúcar quanto de milho, é vital na composição da cadeia agroindustrial do Brasil e na economia brasileira. Em termos financeiros, o PIB da cadeia sucroenergética representa aproximadamente 2% do PIB brasileiro, com mais de 1.000 municípios participando de suas atividades e gerando mais de 700 mil vagas de emprego formal. O setor também é responsável por aproximadamente 5% da energia elétrica consumida no país.

Exportação de Etanol: crescimento, impactos econômicos e sustentabilidade

As exportações de etanol do Brasil atingiram 2,44 bilhões de litros em 2022, um aumento de 25% em comparação com o ano anterior. No entanto, as exportações de etanol para 2023 são estimadas em 2,21 bilhões de litros, uma queda de 239 milhões de litros em comparação com o ano anterior. Em 2022, o Brasil exportou aproximadamente 427 milhões de litros de etanol para a Europa de janeiro a agosto, um volume 435% maior que os números do mesmo período em 2021. Até o final de 2022, esperava-se que o Brasil exportasse 600 milhões de litros de etanol para a Europa, estabelecendo um novo recorde. 

Os principais destinos de exportação para o etanol brasileiro são Coreia do Sul, Países Baixos e Estados Unidos. Em 2021, a Coreia do Sul foi o país líder em destino para as exportações de etanol combustível do Brasil. Os Estados Unidos também são um importador notável de etanol brasileiro, particularmente para uso como combustível na Califórnia devido à classificação favorável de Intensidade de Carbono (CI) que o etanol de cana-de-açúcar brasileiro recebe sob o Padrão de Combustível de Carbono da Califórnia (LCFS) e o mercado de créditos de carbono do estado.

A expansão do setor sucroenergético tem impulsionado o crescimento econômico e aprimorado as condições de vida, particularmente em regiões rurais menos desenvolvidas. A instalação de usinas de cana-de-açúcar contribui para o desenvolvimento populacional e econômico em municípios como Rio Brilhante, que, entre 2000 e 2014, viu sua população aumentar de 20 mil para cerca de 35 mil habitantes devido à instalação de três novas usinas. Este aumento populacional promove a circulação de renda e a expansão do comércio local, exigindo mais serviços públicos e impulsionando o desenvolvimento urbano.

Além disso, a cultura da cana estimula inovações tecnológicas na agricultura, como a rotação de culturas com leguminosas, que, além de combater pragas e doenças, enriquecem o solo com nitrogênio, reduzindo em até 40% os custos de implantação de novos canaviais. O uso de bagaço de cana em períodos de estiagem como alimento para ruminantes também representa uma estratégia econômica, diminuindo os custos de produção. Estudos indicam que um aumento significativo na área cultivada com cana-de-açúcar causaria um impacto mínimo no desflorestamento, ressaltando os benefícios ambientais do etanol. Para o setor sucroenergético, programas de sustentabilidade e certificações são formas de driblar as controvérsias a respeito do setor, permitindo a obtenção de dados mais certeiros e concretos, avaliações progressivas, garantindo maior apoio de investidores, agentes, e favorecendo a internacionalização do mercado para o produto.

Essas iniciativas refletem o compromisso do setor sucroenergético com o desenvolvimento sustentável, evidenciando a contribuição da cultura da cana para o avanço econômico, a inovação tecnológica na produção agrícola e a preservação ambiental.

Principais players na indústria de Etanol do Brasil

Raízen S.A.: líder em energia renovável, fruto da joint venture entre Shell e Cosan, opera com mais de 40 mil colaboradores e registrou uma receita líquida de R$ 64,2 bilhões em 2022/2023, alcançando R$ 246 bilhões em 2023/2024. Exporta para países como Argentina, Paraguai, China, Tailândia, México, Paquistão e Estados Unidos, destacando-se no mercado global de biocombustíveis.

BP Bunge Bioenergia: formada pela parceria entre BP e Bunge, destaca-se pela produção inovadora e sustentável de etanol, açúcar e bioeletricidade. Empregando mais de 13 mil pessoas, a empresa aumentou sua receita de R$ 6,12 bilhões para R$ 8 bilhões em três anos.

Atvos Agroindustrial Investimentos S/A: fundada em 2007, com sede em São Paulo, é uma das maiores produtoras de etanol, açúcar e energia elétrica a partir de biomassa no Brasil. Recebeu um aporte de R$ 500 milhões do Mubadala Capital.

São Martinho: fundada em 1914, é uma das maiores e mais eficientes usinas de açúcar e etanol do mundo. A empresa emprega quase 5 mil colaboradores e é conhecida pelo uso de tecnologias avançadas.

COFCO International Brasil: parte do conglomerado estatal chinês COFCO, opera várias usinas de açúcar e etanol e é conhecida por sua eficiência produtiva e compromisso com a sustentabilidade.

Vibra Energia: anteriormente conhecida como BR Distribuidora, com sede no Rio de Janeiro, é a maior distribuidora de combustíveis do Brasil. Tem mais de 8.400 postos de gasolina e está expandindo sua presença no mercado de etanol de milho.

A Tereos SA, um dos maiores grupos de açúcar e etanol do mundo, planeja aumentar a moagem de cana-de-açúcar no Brasil em 10% no ciclo 2023/24. A empresa, com sede na França, espera moer 19 milhões de toneladas de cana, resultando em uma produção de 1,7 milhão de toneladas de açúcar, um aumento de 6,25% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por um cenário positivo para os preços globais do açúcar, influenciado pelo aumento da demanda, atrasos nos embarques no Brasil e revisões para baixo na produção na Europa e em países afetados por secas. Apesar dos preços favoráveis do açúcar tornarem a produção de etanol menos atrativa, a Tereos ainda espera produzir 580 milhões de litros de etanol nesta temporada.

Desafios na expansão da indústria de Etanol no Brasil

Apesar de sua posição de destaque no cenário global de biocombustíveis, o Brasil enfrenta desafios significativos na expansão de sua indústria de etanol.

Infraestrutura de armazenamento e logística: a expansão da produção de etanol exige investimentos significativos em infraestrutura para armazenamento e logística. É crucial garantir que o biocombustível possa ser transportado eficientemente dos locais de produção para os mercados domésticos e de exportação. A falta de infraestrutura adequada pode causar gargalos no transporte e armazenamento, afetando a competitividade e a capacidade de atender à demanda.

Concorrência com outras fontes de energia renovável: o crescimento de outras fontes de energia limpa, como biodiesel e energia solar, representa uma concorrência para o etanol. Embora isso demonstre o compromisso do Brasil com a energia renovável, também requer que o setor de etanol continue inovando e melhorando a eficiência para permanecer competitivo. O avanço tecnológico e a redução de custos são essenciais para manter o etanol como uma opção viável e atraente no mix energético.

Pressões internacionais e mercados de exportação: o etanol brasileiro enfrenta barreiras tarifárias e não tarifárias em alguns mercados internacionais, o que pode limitar as oportunidades de exportação. A negociação de acordos comerciais e a promoção das credenciais ambientais do etanol brasileiro são fundamentais para superar esses desafios. A certificação de sustentabilidade e a comprovação de benefícios ambientais podem ajudar a abrir novos mercados e a melhorar a aceitação do produto brasileiro no exterior.

Falta de mão de obra qualificada, especialmente com domínio de idiomas: a escassez de profissionais qualificados, particularmente aqueles com fluência em idiomas estrangeiros, é um obstáculo significativo. A globalização dos mercados de etanol exige que os profissionais tenham habilidades de comunicação eficazes para negociar, vender e gerenciar operações internacionais. Investir em programas de capacitação e treinamento de idiomas é essencial para preparar a força de trabalho para as demandas do mercado global.

Em resumo, o Brasil possui grandes oportunidades para expandir sua produção e exportação de etanol, mas enfrenta desafios consideráveis. O programa RenovaBio e o apoio do BNDES são fundamentais para incentivar a produção de biocombustíveis. No entanto, é crucial um planejamento governamental mais eficaz e uma política consolidada para assegurar a sustentabilidade a longo prazo da indústria de etanol no Brasil. Investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica e capacitação de mão de obra qualificada serão essenciais para que o Brasil continue a ser um líder global no setor de biocombustíveis.

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