por
Lingopass
15.1.2024

A relevância da agenda ESG: Práticas agrícolas positivas para assegurar um futuro mais sustentável

Até 2033, a produção agrícola brasileira deve aumentar mais de 24%, segundo a pesquisa Projeções do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reforçando a posição de destaque do Brasil no cenário global do agronegócio. Para as empresas que desejam se destacar nesse contexto, adotar estratégias alinhadas às melhores práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) é crucial. 

O diferencial competitivo no mercado agrícola estará na capacidade das empresas de incorporar princípios sustentáveis em seus modelos de negócios. Ao focar em questões relevantes e estratégicas relacionadas ao ESG, as organizações estarão se preparando para atender à crescente demanda dos stakeholders por informações transparentes e seguras sobre suas operações e desempenho. 

Preparar-se para esse desafio desde cedo é essencial, pois isso não apenas fortalecerá a posição no mercado, mas também estabelecerá as bases para um crescimento sustentável e duradouro. As empresas que antecipam e respondem prontamente às expectativas crescentes de sustentabilidade estarão melhor posicionadas para prosperar no dinâmico ambiente do agronegócio global.

O que é ESG?

O termo ESG, que significa Ambiental, Social e Governança (ASG em português), representa três pilares essenciais que devem ser incorporados nas práticas de todas as empresas. Estes pilares são baseados em recomendações do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), uma organização sem fins lucrativos que estabelece padrões de contabilidade de sustentabilidade.

A SASB busca desenvolver padrões específicos para divulgação de informações relacionadas aos temas ESG, permitindo uma comunicação mais eficaz entre empresas e investidores sobre aspectos financeiros relevantes para a tomada de decisões. Essa abordagem visa garantir que as empresas considerem e comuniquem de forma transparente suas práticas ambientais, sociais e de governança.

Em 2004, o termo ESG foi inicialmente introduzido por meio de uma publicação do Pacto Global em colaboração com o Banco Mundial. No entanto, sua verdadeira ascensão à importância multinacional ocorreu em 2015, quando os 193 países da Assembléia Geral da ONU o adotaram. Esses critérios agora estão alinhados com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, demonstrando um compromisso abrangente com a responsabilidade social e ambiental. 

Confira como o ESG desempenha um papel positivo no setor de agropecuária

ENVIRONMENTAL

No âmbito ambiental, a agropecuária muitas vezes enfrenta desafios significativos, desde o uso excessivo de pesticidas até as emissões de gases de efeito estufa. A agenda ESG propõe a adoção de práticas agrícolas sustentáveis que minimizem a degradação do solo, promovam a biodiversidade e reduzam a pegada de carbono. Investir em tecnologias inovadoras, como agricultura de precisão e sistemas agroflorestais, não apenas aumenta a eficiência, mas também preserva os recursos naturais para as gerações futuras.

SOCIAL

A dimensão social da agenda ESG destaca a importância das relações humanas e do bem-estar das comunidades envolvidas na agropecuária. O setor precisa assegurar condições de trabalho justas, respeitar os direitos humanos e promover a inclusão de grupos marginalizados. Iniciativas que envolvem educação agrícola, treinamento técnico e apoio às comunidades locais fortalecem os laços sociais e contribuem para o desenvolvimento sustentável.

GOVERNANCE

A governança eficaz é essencial para garantir que as práticas agrícolas sejam éticas, transparentes e alinhadas com as expectativas da sociedade. A Agenda ESG destaca a importância de uma gestão responsável, com ênfase na transparência nas transações comerciais, na conformidade com regulamentações e no engajamento com partes interessadas. Isso não apenas fomenta a confiança do consumidor, mas também impulsiona a inovação e a eficiência operacional.

A relevância da agenda ESG: Práticas agrícolas positivas para assegurar um futuro mais sustentável

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Lingopass
15.1.2024
Tempo de leitura:
8 minutos

Até 2033, a produção agrícola brasileira deve aumentar mais de 24%, segundo a pesquisa Projeções do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reforçando a posição de destaque do Brasil no cenário global do agronegócio. Para as empresas que desejam se destacar nesse contexto, adotar estratégias alinhadas às melhores práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) é crucial. 

O diferencial competitivo no mercado agrícola estará na capacidade das empresas de incorporar princípios sustentáveis em seus modelos de negócios. Ao focar em questões relevantes e estratégicas relacionadas ao ESG, as organizações estarão se preparando para atender à crescente demanda dos stakeholders por informações transparentes e seguras sobre suas operações e desempenho. 

Preparar-se para esse desafio desde cedo é essencial, pois isso não apenas fortalecerá a posição no mercado, mas também estabelecerá as bases para um crescimento sustentável e duradouro. As empresas que antecipam e respondem prontamente às expectativas crescentes de sustentabilidade estarão melhor posicionadas para prosperar no dinâmico ambiente do agronegócio global.

O que é ESG?

O termo ESG, que significa Ambiental, Social e Governança (ASG em português), representa três pilares essenciais que devem ser incorporados nas práticas de todas as empresas. Estes pilares são baseados em recomendações do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), uma organização sem fins lucrativos que estabelece padrões de contabilidade de sustentabilidade.

A SASB busca desenvolver padrões específicos para divulgação de informações relacionadas aos temas ESG, permitindo uma comunicação mais eficaz entre empresas e investidores sobre aspectos financeiros relevantes para a tomada de decisões. Essa abordagem visa garantir que as empresas considerem e comuniquem de forma transparente suas práticas ambientais, sociais e de governança.

Em 2004, o termo ESG foi inicialmente introduzido por meio de uma publicação do Pacto Global em colaboração com o Banco Mundial. No entanto, sua verdadeira ascensão à importância multinacional ocorreu em 2015, quando os 193 países da Assembléia Geral da ONU o adotaram. Esses critérios agora estão alinhados com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, demonstrando um compromisso abrangente com a responsabilidade social e ambiental. 

Confira como o ESG desempenha um papel positivo no setor de agropecuária

ENVIRONMENTAL

No âmbito ambiental, a agropecuária muitas vezes enfrenta desafios significativos, desde o uso excessivo de pesticidas até as emissões de gases de efeito estufa. A agenda ESG propõe a adoção de práticas agrícolas sustentáveis que minimizem a degradação do solo, promovam a biodiversidade e reduzam a pegada de carbono. Investir em tecnologias inovadoras, como agricultura de precisão e sistemas agroflorestais, não apenas aumenta a eficiência, mas também preserva os recursos naturais para as gerações futuras.

SOCIAL

A dimensão social da agenda ESG destaca a importância das relações humanas e do bem-estar das comunidades envolvidas na agropecuária. O setor precisa assegurar condições de trabalho justas, respeitar os direitos humanos e promover a inclusão de grupos marginalizados. Iniciativas que envolvem educação agrícola, treinamento técnico e apoio às comunidades locais fortalecem os laços sociais e contribuem para o desenvolvimento sustentável.

GOVERNANCE

A governança eficaz é essencial para garantir que as práticas agrícolas sejam éticas, transparentes e alinhadas com as expectativas da sociedade. A Agenda ESG destaca a importância de uma gestão responsável, com ênfase na transparência nas transações comerciais, na conformidade com regulamentações e no engajamento com partes interessadas. Isso não apenas fomenta a confiança do consumidor, mas também impulsiona a inovação e a eficiência operacional.

Desafios e oportunidades: Sua empresa está ciente dessa temática?

No setor agrícola global, a adoção de práticas ESG envolve uma análise abrangente dos riscos e oportunidades, especialmente nos aspectos ambientais dessa abordagem. Conforme apontado pela Trucost, parte da S&P Global Market Intelligence, as práticas agrícolas industrializadas geram um impacto ambiental de US$ 3 trilhões por ano em todo o mundo. Destaca-se que o impacto ambiental da produção de milho equivale a 170% do seu valor de produção, evidenciando como o custo para o meio ambiente pode superar o valor do próprio milho.

Embora a agricultura possa ter impactos negativos, há também oportunidades para benefícios ambientais. O uso de biocombustíveis, derivados de produtos vegetais, pode reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Contudo, é crucial considerar cuidadosamente os efeitos do cultivo na equação. De acordo com uma matéria da BE THE STORY destaca a preocupação em relação ao óleo de palma, frequentemente usado no biodiesel, devido à associação do seu crescimento ao desmatamento em ambientes tropicais mais diversos e ricos do planeta.

As tensões comerciais e a volatilidade associada geram incertezas significativas para os agricultores e para o setor agrícola como um todo, onde as decisões são tomadas com meses ou anos de antecedência. A atual disputa comercial entre os EUA e a China, por exemplo, influenciou a quantidade de soja importada pelos chineses, afetando os preços e gerando um aumento nos estoques de soja não vendida. A incerteza decorrente das tensões comerciais pode ter efeitos inibidores sobre o comércio agrícola.

No contexto das inovações tecnológicas da 4.0 revolução industrial, a agricultura está se tornando mais transparente, aumentando a confiança e a responsabilidade no setor. O uso de tecnologias financeiras alternativas, como o blockchain, já está transformando o agronegócio, proporcionando registros distribuídos inalteráveis de transações. Esse avanço tem o potencial de reduzir taxas de transação, agilizar os tempos de processamento para pagamentos e eliminar riscos adicionais nas transações agrícolas globais.

Aqueles que buscam a sustentabilidade ambiental e social na agricultura, envolvendo-se em investimentos ESG, são impulsionados por mais do que preocupações morais. Empresas líderes, como McDonald's, Cargill, General Mills e The Nature Conservancy, uniram-se para promover iniciativas de agricultura ecologicamente correta e saúde do solo. Um fundo de private equity focado em tecnologias para agricultura sustentável arrecadou mais de US$ 300 milhões

A Agenda ESG é uma bússola para orientar o setor de agropecuária em direção a práticas mais sustentáveis, equilibrando eficiência econômica, responsabilidade ambiental e bem-estar social. Ao adotar os princípios ESG, o setor não apenas responde às crescentes expectativas da sociedade, mas também investe no próprio futuro, assegurando um fornecimento alimentar seguro e sustentável para as gerações vindouras. A integração da Agenda ESG na agropecuária não é apenas uma escolha ética; é uma necessidade imperativa para a construção de um futuro agrícola verdadeiramente resiliente e responsável.

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