por
Lingopass
7.6.2024

Quais as expectativas para o setor de varejo no segundo semestre de 2024, após um início de ano de retração?

Com o início de 2024 marcado por desafios e retração no setor de varejo, as expectativas para o segundo semestre de 2024 ganham destaque como ponto de análise crucial. 

À medida que as economias globais se recuperam de turbulências recentes, os olhares se voltam para o horizonte comercial, buscando compreender as dinâmicas e projeções que moldarão o futuro do varejo nos próximos meses. 

Neste contexto, explorar as tendências emergentes, as estratégias adaptativas das empresas e os possíveis impulsionadores de crescimento torna-se essencial para entendermos os rumos que esse setor tão vital tomará.

Análise do primeiro semestre

As vendas no varejo apresentaram um surpreendente crescimento de 2,5% em janeiro, conforme divulgado pelo IBGE no mês de março. Esse dado, o mais recente disponível sobre o setor, revela uma operação atual 5,7% acima do nível pré-pandemia e 0,8% superior ao seu recorde anterior, alcançado em outubro de 2020.

Segundo informações levantadas pelo portal de notícias UOL, o  resultado superou amplamente as expectativas do mercado, que projetava, em média, um aumento de 0,2% para o mês. É notável ressaltar que essa foi a primeira alta significativa desde setembro do ano anterior, que registrou 0,8%. 

Após esse período, o comércio manteve-se estável por dois meses consecutivos (-0,3% em outubro e 0,2% em novembro) e experimentou uma queda de 1,4% em dezembro.

O desempenho de janeiro reverteu o resultado fraco de dezembro, impactado pelas vendas da Black Friday no mês anterior. Tipicamente, durante as promoções de novembro, a população antecipa suas compras, o que reduz as vendas em dezembro. Contudo, em janeiro, com estoques maiores, as varejistas podem lançar mão de "saldões".

Iniciativas de recuperação no varejo

O setor varejista é conhecido por sua resiliência e capacidade de adaptação, especialmente em tempos de desafios econômicos. Diante das turbulências recentes, como recessões e pandemias, as empresas varejistas têm buscado estratégias inovadoras para se recuperar e prosperar.

A seguir, exploraremos algumas iniciativas de recuperação no varejo que estão ajudando as empresas a superar obstáculos e encontrar sucesso em um mercado em constante evolução.

Personalização da experiência do cliente

Entender as necessidades e preferências individuais dos clientes é fundamental para o sucesso no varejo atual. As empresas estão adotando tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para oferecer experiências de compra personalizadas. 

Desde recomendações de produtos até comunicações direcionadas, a personalização está se tornando uma parte essencial da estratégia de marketing no varejo.

Foco na sustentabilidade

A sustentabilidade tornou-se uma preocupação crescente para os consumidores e, portanto, para as empresas varejistas. Iniciativas como a redução do desperdício, o uso de materiais ecológicos e práticas de fabricação responsáveis estão se tornando cada vez mais importantes para os clientes. 

As empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas contribuem para um futuro mais verde, mas também podem atrair e reter clientes comprometidos com a causa.

Parcerias estratégicas

Em um mercado altamente competitivo, as parcerias estratégicas podem ser uma maneira eficaz de impulsionar o crescimento e expandir o alcance. As empresas varejistas estão buscando colaborações com outras marcas, influenciadores e até mesmo concorrentes para aproveitar oportunidades de co-marketing, co-criação de produtos e acesso a novos públicos-alvo.

Investimento em experiência do cliente

Uma experiência de cliente excepcional pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no varejo. As empresas estão investindo em treinamento de equipe, design de loja e tecnologia para criar ambientes acolhedores e envolventes para os clientes. 

Desde eventos exclusivos até programas de fidelidade personalizados, as empresas estão encontrando maneiras criativas de encantar e fidelizar os clientes.

Tendências de consumo e tecnologia

Veja, tendências de consumo e tecnologia: 

Uso crescente de mensagens de texto

Drew Gurley, do Redbird Advisors, observa que o uso de mensagens de texto para comunicação empresarial está se tornando mais comum. À medida que os e-mails perdem popularidade, as empresas estão recorrendo a mensagens de texto para vendas, acordos e comunicações com os clientes, atraindo especialmente os jovens consumidores e trabalhadores.

Comunicação visual como prioridade

Amy Balliett, do Killer Infographics, destaca a importância da comunicação visual no varejo. Com a atenção dos consumidores cada vez mais limitada, a utilização de imagens e comunicação visual eficaz torna-se essencial para destacar-se em meio à concorrência e transmitir mensagens de forma rápida e impactante.

Valorização da autenticidade

Souny West, do CHiC Capital, lembra que, em um mercado saturado de produtos e serviços semelhantes, a autenticidade e singularidade serão altamente valorizadas pelos consumidores. Oferecer produtos e serviços de forma única e exemplar será crucial para atrair e reter clientes.

Quais as expectativas para o setor de varejo no segundo semestre de 2024, após um início de ano de retração?

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Lingopass
7.6.2024
Tempo de leitura:
7 minutos

Com o início de 2024 marcado por desafios e retração no setor de varejo, as expectativas para o segundo semestre de 2024 ganham destaque como ponto de análise crucial. 

À medida que as economias globais se recuperam de turbulências recentes, os olhares se voltam para o horizonte comercial, buscando compreender as dinâmicas e projeções que moldarão o futuro do varejo nos próximos meses. 

Neste contexto, explorar as tendências emergentes, as estratégias adaptativas das empresas e os possíveis impulsionadores de crescimento torna-se essencial para entendermos os rumos que esse setor tão vital tomará.

Análise do primeiro semestre

As vendas no varejo apresentaram um surpreendente crescimento de 2,5% em janeiro, conforme divulgado pelo IBGE no mês de março. Esse dado, o mais recente disponível sobre o setor, revela uma operação atual 5,7% acima do nível pré-pandemia e 0,8% superior ao seu recorde anterior, alcançado em outubro de 2020.

Segundo informações levantadas pelo portal de notícias UOL, o  resultado superou amplamente as expectativas do mercado, que projetava, em média, um aumento de 0,2% para o mês. É notável ressaltar que essa foi a primeira alta significativa desde setembro do ano anterior, que registrou 0,8%. 

Após esse período, o comércio manteve-se estável por dois meses consecutivos (-0,3% em outubro e 0,2% em novembro) e experimentou uma queda de 1,4% em dezembro.

O desempenho de janeiro reverteu o resultado fraco de dezembro, impactado pelas vendas da Black Friday no mês anterior. Tipicamente, durante as promoções de novembro, a população antecipa suas compras, o que reduz as vendas em dezembro. Contudo, em janeiro, com estoques maiores, as varejistas podem lançar mão de "saldões".

Iniciativas de recuperação no varejo

O setor varejista é conhecido por sua resiliência e capacidade de adaptação, especialmente em tempos de desafios econômicos. Diante das turbulências recentes, como recessões e pandemias, as empresas varejistas têm buscado estratégias inovadoras para se recuperar e prosperar.

A seguir, exploraremos algumas iniciativas de recuperação no varejo que estão ajudando as empresas a superar obstáculos e encontrar sucesso em um mercado em constante evolução.

Personalização da experiência do cliente

Entender as necessidades e preferências individuais dos clientes é fundamental para o sucesso no varejo atual. As empresas estão adotando tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para oferecer experiências de compra personalizadas. 

Desde recomendações de produtos até comunicações direcionadas, a personalização está se tornando uma parte essencial da estratégia de marketing no varejo.

Foco na sustentabilidade

A sustentabilidade tornou-se uma preocupação crescente para os consumidores e, portanto, para as empresas varejistas. Iniciativas como a redução do desperdício, o uso de materiais ecológicos e práticas de fabricação responsáveis estão se tornando cada vez mais importantes para os clientes. 

As empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas contribuem para um futuro mais verde, mas também podem atrair e reter clientes comprometidos com a causa.

Parcerias estratégicas

Em um mercado altamente competitivo, as parcerias estratégicas podem ser uma maneira eficaz de impulsionar o crescimento e expandir o alcance. As empresas varejistas estão buscando colaborações com outras marcas, influenciadores e até mesmo concorrentes para aproveitar oportunidades de co-marketing, co-criação de produtos e acesso a novos públicos-alvo.

Investimento em experiência do cliente

Uma experiência de cliente excepcional pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no varejo. As empresas estão investindo em treinamento de equipe, design de loja e tecnologia para criar ambientes acolhedores e envolventes para os clientes. 

Desde eventos exclusivos até programas de fidelidade personalizados, as empresas estão encontrando maneiras criativas de encantar e fidelizar os clientes.

Tendências de consumo e tecnologia

Veja, tendências de consumo e tecnologia: 

Uso crescente de mensagens de texto

Drew Gurley, do Redbird Advisors, observa que o uso de mensagens de texto para comunicação empresarial está se tornando mais comum. À medida que os e-mails perdem popularidade, as empresas estão recorrendo a mensagens de texto para vendas, acordos e comunicações com os clientes, atraindo especialmente os jovens consumidores e trabalhadores.

Comunicação visual como prioridade

Amy Balliett, do Killer Infographics, destaca a importância da comunicação visual no varejo. Com a atenção dos consumidores cada vez mais limitada, a utilização de imagens e comunicação visual eficaz torna-se essencial para destacar-se em meio à concorrência e transmitir mensagens de forma rápida e impactante.

Valorização da autenticidade

Souny West, do CHiC Capital, lembra que, em um mercado saturado de produtos e serviços semelhantes, a autenticidade e singularidade serão altamente valorizadas pelos consumidores. Oferecer produtos e serviços de forma única e exemplar será crucial para atrair e reter clientes.

Pagamentos via celular em ascensão

Anthony Johnson, do American Injury Attorney Group, prevê uma maior adoção de pagamentos via celular, com tecnologias como Apple Pay e CurrentC ganhando espaço. Essas soluções, que oferecem segurança e conveniência, podem até substituir os cartões de crédito em um futuro próximo.

Crescimento do consumo de serviços B2B

Elliot Tomaeno, do Astrsk PR, observa que a digitalização está levando os líderes empresariais a buscar serviços B2B mais acessíveis e eficientes, semelhantes aos utilizados no consumo pessoal.

Realidade virtual como plataforma emergente

Sathvik Tantry, do FormSwift, aponta a realidade virtual como uma plataforma em ascensão para as marcas se conectarem com os consumidores. Comercializar e anunciar por meio de tecnologias de realidade virtual, como o Oculus Rift, pode se tornar uma estratégia comum em breve.

Projeções econômicas e impacto no varejo

Ao contrário das principais economias globais, onde a inflação permanece em níveis consideráveis, no Brasil, observa-se uma tendência de queda nos índices inflacionários. 

O IPCA, índice oficial que monitora a inflação, registrou um aumento de 4,62% ao longo de 2023, em comparação com os 5,79% de 2022 e os 10,06% de 2021. Essa trajetória descendente sugere uma relativa eficácia das medidas restritivas adotadas pelo Banco Central em sua política monetária.

Apesar dessa redução, o indicador ainda não alcançou a meta estabelecida, que para 2023 era de 3,25%, aproximando-se do limite superior de 4,75% (3,25% + 1,5pp). Além disso, a meta para 2024 foi estabelecida em 3%, aumentando o desafio de manter a inflação sob controle.

Como mencionado anteriormente, diversos riscos enfrentados pelo varejo estão de alguma forma ligados à inflação, como questões fiscais, conflitos geopolíticos, quebras de safra e inflação externa.

O controle da inflação também dita o ritmo de redução das taxas de juros. Se os indicadores inflacionários mostrarem sinais de contenção, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) pode optar por continuar reduzindo a taxa básica de juros, o que traria benefícios para o varejo. 

Por outro lado, se a inflação permanecer fora do controle, os desafios para o setor de varejo e para a economia toda permanecerão elevados, dificultando o consumo e o crescimento.

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