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Agronegócio
Tecnologia
por
Lingopass
17.5.2024

Tendências e desafios do setor automotivo no Brasil

A indústria automotiva no Brasil está passando por transformações significativas, impulsionadas por avanços tecnológicos, mudanças nas preferências dos consumidores e uma crescente demanda por práticas mais sustentáveis. Esse cenário está promovendo o surgimento de novos modelos de negócios e exigindo a adaptação dos modelos tradicionais, o que representa tanto oportunidades quanto desafios para o setor.

Para compreender as tendências e desafios do setor automotivo no Brasil, conversamos com Douglas Travaglia, sócio da EY Brasil e especialista no setor automotivo, com 25 anos de experiência na EY e uma década como sócio de auditoria, aproveitando a conexão proporcionada pela participação do Lingopass no programa de aceleração EY Winning Women 2023.

As principais evoluções recentes do setor

No início de 2021, a indústria automotiva brasileira enfrentava desafios significativos, exacerbados pela escassez global de semicondutores e pela retração da demanda em um contexto de empréstimos mais caros e condições financeiras mais apertadas para os clientes. Essa combinação de fatores resultou em paralisações frequentes na produção e foi marcada pela saída da Ford do Brasil, refletindo tanto os desafios operacionais quanto um ambiente econômico instável, com alta inflação e uma queda no PIB.

Após superar essa crise, o setor automotivo brasileiro começou a se recuperar inicialmente de forma gradual a partir de 2023, impulsionado por avanços tecnológicos e a normalização da cadeia de fornecimento. Entre o fim de 2023 e o início de 2024, uma onda de otimismo tomou conta da indústria: grandes montadoras aqueceram o mercado com anúncios de investimentos que, somados, chegam a R$125 bilhões até 2033. Este é o maior ciclo de aportes do setor na história, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Só em 2024, foram anunciados mais de R$60 bilhões em recursos destinados à ampliação de produção e ao desenvolvimento de tecnologia no país. Esses investimentos foram incentivados por juros em queda, estabilidade econômica e políticas governamentais favoráveis, marcando um otimismo renovado no setor. O desafio de manter esse crescimento continua, especialmente para as concessionárias que estão se adaptando às tendências digitais que estão remodelando o setor.

As tecnologias que impactam o setor

A tecnologia está desempenhando um papel cada vez mais central na indústria automotiva. A integração de conectividade avançada, sistemas de assistência ao motorista e interfaces mais intuitivas está se tornando comum, melhorando a segurança e a conveniência ao dirigir.

Estas tecnologias não só enriquecem a experiência de condução, mas também pavimentam o caminho para futuras inovações. Por exemplo, apesar dos desafios tecnológicos e regulatórios, a automação e os veículos autônomos têm um potencial transformador significativo para a mobilidade.

Embora o Brasil ainda esteja nos estágios iniciais, o desenvolvimento e o teste de veículos autônomos poderão, eventualmente, reformular o transporte pessoal e comercial, oferecendo novas oportunidades para eficiência e segurança.

Outros fatores que estão preocupando os executivos do mercado atualmente

A indústria automotiva é fortemente influenciada por variáveis econômicas e regulatórias. Atualmente, um dos grandes desafios é o financiamento de veículos. As taxas de juros têm um impacto direto nas vendas; quando estão altas, observamos uma redução significativa nas compras e trocas de veículos. Por outro lado, uma tendência de queda nas taxas pode realmente impulsionar o mercado.

A taxa Selic, que é um fator determinante para o financiamento de veículos, está prevista para manter uma tendência de queda em 2024, possivelmente chegando a 9% ao ano. Essa redução deve facilitar um crescimento, ainda que modesto, nas vendas de veículos, impulsionado por uma demanda reprimida e uma inflação em queda. A expectativa é de um aumento de 6,5% nos licenciamentos, com uma participação considerável de vendas para frotistas.

Impacto dos impostos

O papel do governo é crucial, não apenas por meio de isenções fiscais para veículos populares, mas também como regulador do mercado.

Recentemente, observamos um aumento nas importações de veículos elétricos chineses que se beneficiam de incentivos fiscais, o que tem provocado uma competição fiscal entre as empresas e levantado questionamentos sobre a competitividade do mercado nacional. Além disso, a política de incentivos fiscais, que foi prorrogada até 2032, continuará sendo um ponto de tensão entre as montadoras.

A distribuição desses incentivos tem gerado disputas entre as empresas, que pressionam por condições mais favoráveis para garantir um ambiente de negócios estável e previsível. Apesar das ameaças de algumas montadoras de congelar investimentos, a expectativa é que a maioria continue a investir no país para não perder participação de mercado.

Tendências e desafios do setor automotivo no Brasil

por
Lingopass
17.5.2024
Tempo de leitura:
9 minutos

A indústria automotiva no Brasil está passando por transformações significativas, impulsionadas por avanços tecnológicos, mudanças nas preferências dos consumidores e uma crescente demanda por práticas mais sustentáveis. Esse cenário está promovendo o surgimento de novos modelos de negócios e exigindo a adaptação dos modelos tradicionais, o que representa tanto oportunidades quanto desafios para o setor.

Para compreender as tendências e desafios do setor automotivo no Brasil, conversamos com Douglas Travaglia, sócio da EY Brasil e especialista no setor automotivo, com 25 anos de experiência na EY e uma década como sócio de auditoria, aproveitando a conexão proporcionada pela participação do Lingopass no programa de aceleração EY Winning Women 2023.

As principais evoluções recentes do setor

No início de 2021, a indústria automotiva brasileira enfrentava desafios significativos, exacerbados pela escassez global de semicondutores e pela retração da demanda em um contexto de empréstimos mais caros e condições financeiras mais apertadas para os clientes. Essa combinação de fatores resultou em paralisações frequentes na produção e foi marcada pela saída da Ford do Brasil, refletindo tanto os desafios operacionais quanto um ambiente econômico instável, com alta inflação e uma queda no PIB.

Após superar essa crise, o setor automotivo brasileiro começou a se recuperar inicialmente de forma gradual a partir de 2023, impulsionado por avanços tecnológicos e a normalização da cadeia de fornecimento. Entre o fim de 2023 e o início de 2024, uma onda de otimismo tomou conta da indústria: grandes montadoras aqueceram o mercado com anúncios de investimentos que, somados, chegam a R$125 bilhões até 2033. Este é o maior ciclo de aportes do setor na história, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Só em 2024, foram anunciados mais de R$60 bilhões em recursos destinados à ampliação de produção e ao desenvolvimento de tecnologia no país. Esses investimentos foram incentivados por juros em queda, estabilidade econômica e políticas governamentais favoráveis, marcando um otimismo renovado no setor. O desafio de manter esse crescimento continua, especialmente para as concessionárias que estão se adaptando às tendências digitais que estão remodelando o setor.

As tecnologias que impactam o setor

A tecnologia está desempenhando um papel cada vez mais central na indústria automotiva. A integração de conectividade avançada, sistemas de assistência ao motorista e interfaces mais intuitivas está se tornando comum, melhorando a segurança e a conveniência ao dirigir.

Estas tecnologias não só enriquecem a experiência de condução, mas também pavimentam o caminho para futuras inovações. Por exemplo, apesar dos desafios tecnológicos e regulatórios, a automação e os veículos autônomos têm um potencial transformador significativo para a mobilidade.

Embora o Brasil ainda esteja nos estágios iniciais, o desenvolvimento e o teste de veículos autônomos poderão, eventualmente, reformular o transporte pessoal e comercial, oferecendo novas oportunidades para eficiência e segurança.

Outros fatores que estão preocupando os executivos do mercado atualmente

A indústria automotiva é fortemente influenciada por variáveis econômicas e regulatórias. Atualmente, um dos grandes desafios é o financiamento de veículos. As taxas de juros têm um impacto direto nas vendas; quando estão altas, observamos uma redução significativa nas compras e trocas de veículos. Por outro lado, uma tendência de queda nas taxas pode realmente impulsionar o mercado.

A taxa Selic, que é um fator determinante para o financiamento de veículos, está prevista para manter uma tendência de queda em 2024, possivelmente chegando a 9% ao ano. Essa redução deve facilitar um crescimento, ainda que modesto, nas vendas de veículos, impulsionado por uma demanda reprimida e uma inflação em queda. A expectativa é de um aumento de 6,5% nos licenciamentos, com uma participação considerável de vendas para frotistas.

Impacto dos impostos

O papel do governo é crucial, não apenas por meio de isenções fiscais para veículos populares, mas também como regulador do mercado.

Recentemente, observamos um aumento nas importações de veículos elétricos chineses que se beneficiam de incentivos fiscais, o que tem provocado uma competição fiscal entre as empresas e levantado questionamentos sobre a competitividade do mercado nacional. Além disso, a política de incentivos fiscais, que foi prorrogada até 2032, continuará sendo um ponto de tensão entre as montadoras.

A distribuição desses incentivos tem gerado disputas entre as empresas, que pressionam por condições mais favoráveis para garantir um ambiente de negócios estável e previsível. Apesar das ameaças de algumas montadoras de congelar investimentos, a expectativa é que a maioria continue a investir no país para não perder participação de mercado.

Veículos elétricos no Brasil?

A eletrificação dos veículos é uma tendência que está se fortalecendo globalmente e também começando a se estabelecer no Brasil.

A chegada de montadoras chinesas, como a Great Wall Motors e a BYD, promete acelerar o processo de eletrificação no Brasil. A Great Wall Motors planeja iniciar a produção do SUV híbrido Haval H6 em 2024, enquanto a BYD expandirá sua linha de veículos elétricos. Esses movimentos são esperados para impulsionar significativamente a oferta e a adoção de veículos eletrificados no mercado brasileiro.

Contudo, a infraestrutura de carregamento é um grande desafio. As estações de carregamento ainda são insuficientes e, frequentemente, as longas filas podem desencorajar potenciais consumidores. Além disso, a autonomia limitada dos veículos com a tecnologia atual é um empecilho significativo.

Se fala muito da “hibridização” como uma ponte para a eletrificação…

Com o Brasil seguindo uma forte adoção do híbrido flex, essa tecnologia serve como uma etapa intermediária essencial antes da transição total para a eletrificação. Esse processo permite a continuidade na utilização de componentes de veículos a combustão, evitando disrupções significativas na cadeia de suprimentos. Embora marcas como Stellantis, Renault, Volkswagen, Nissan e Toyota estejam investindo nessa direção, o caminho para uma eletrificação total ainda será gradual.

Os investimentos recentes são em parte guiados pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), anunciado no final de 2023, sucessor dos programas InovarAuto e Rota 2030. Este programa estabelece regulamentações detalhadas que influenciarão decisivamente os investimentos das montadoras, abrangendo desde a localização da produção até incentivos para pesquisa, desenvolvimento e tecnologias de segurança. Com um foco especial no uso do etanol combinado à hibridização, o Mover é visto como um catalisador para a inovação e sustentabilidade na indústria automotiva brasileira, capaz de moldar as iniciativas futuras de todas as empresas ligadas à cadeia automotiva.

A continuidade dessas políticas públicas oferece às empresas a previsibilidade necessária para investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação local, resultando em veículos mais econômicos, ambientalmente responsáveis e seguros. O plano "Nova Indústria Brasil", juntamente com esforços do setor privado, visa fortalecer ainda mais a indústria automotiva brasileira, com foco em sustentabilidade, descarbonização, pesquisa, desenvolvimento e geração de empregos qualificados.

Com isso, o Brasil pode esperar manter sua posição de destaque como um importante centro produtor e exportador no setor automotivo, capacitado para fabricar uma vasta gama de veículos e componentes. Atraídas pelos incentivos aos investimentos, novas montadoras continuam, inclusive, a estabelecer operações no país, ao lado do desenvolvimento robusto no setor de autopeças, que projeta um crescimento significativo.

Principais obstáculos em termos de regulamentações ambientais

A regulamentação brasileira ainda não está totalmente adaptada para a transição para veículos elétricos, especialmente no que se refere à poluição gerada pelo carregamento. No entanto, o Brasil tem um grande incentivo para o uso do etanol, que é considerado mais limpo que a gasolina. Isso cria uma nova competição no mercado sobre quem é mais ecológico e quem gera mais crédito de carbono.

A conscientização sobre questões ambientais e a necessidade de reduzir as emissões de carbono estão levando os fabricantes a investir mais em veículos elétricos e híbridos, antecipando uma transição gradual dos combustíveis fósseis para opções mais limpas e renováveis.

Desafios de mão de obra no setor automotivo

A mão de obra é uma questão crítica no setor automotivo, especialmente à medida que a indústria se inclina mais para a inovação tecnológica e a eletrificação. A competição por talentos especializados está se intensificando, especialmente com a entrada de empresas chinesas no mercado brasileiro, o que eleva a disputa por profissionais qualificados em áreas como engenharia de software, design de sistemas eletrônicos e gerenciamento de produção sustentável. Este cenário exige uma resposta proativa na formação e capacitação de mão de obra.

Aqui, o Lingopass pode desempenhar um papel significativo, oferecendo programas de treinamento linguístico e técnico que equipem os trabalhadores com as habilidades necessárias para prosperar neste novo ambiente. Com cursos focados em terminologias específicas do setor automotivo e habilidades comunicativas em diferentes idiomas, pode ajudar a preparar uma força de trabalho que não apenas atenda às demandas atuais, mas também se adapte às futuras inovações do setor. 

Assim, a integração de treinamentos especializados em linguagem técnica e em habilidades interculturais se torna uma peça fundamental para empresas que buscam liderar em um mercado global cada vez mais competitivo.

Algumas considerações finais para as empresas que desejam se manter competitivas neste setor

Historicamente, o Brasil é reconhecido como um pólo significativo na produção e exportação de veículos e componentes automotivos. Essa reputação está sendo fortalecida pelo reconhecimento internacional do país como um destino estratégico para investimentos no setor, impulsionado por políticas governamentais que promovem a indústria nacional, medidas de incentivo à inovação e à sustentabilidade, e pela consolidação de um ambiente econômico estável e previsível.

Mas o setor automotivo deve manter uma vigilância constante e estar pronto para se adaptar estrategicamente. Os consumidores atuais demandam experiências mais personalizadas e convenientes. Respondendo a isso, a indústria automobilística brasileira pode começar a oferecer opções mais amplas de personalização, permitindo aos consumidores configurar seus veículos de acordo com suas preferências individuais, desde funcionalidades específicas até escolhas estéticas.

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