por
Lingopass
4.3.2024

Upcycling Food: Como sua empresa pode reduzir o desperdício de alimentos e ajudar o meio ambiente?

No coração de São Paulo, surge uma iniciativa inovadora destinada a desafiar as normas estéticas estabelecidas pelo setor de alimentos e bebidas. O Mercado Diferente, com seu slogan inspirador "Não julgue pela casca", está redefinindo a forma como encaramos frutas e verduras que, de outra forma, seriam relegadas ao desperdício.

“A maioria da população do continente ainda não tem acesso aos orgânicos e o preço é a principal barreira para isso. Ao atender este mercado que, só no Brasil, está avaliado em 35 bilhões de dólares, temos também a oportunidade de lutar contra o desperdício e causar um impacto positivo para toda a sociedade”, afirma Eduardo Petrelli, CEO do Mercado Diferente.

A essência do Mercado Diferente reside em sua missão de resgatar alimentos considerados fora do padrão, muitas vezes rotulados como 'casca feia' pelos supermercados convencionais. Peras com pequenos machucados, beterraba de formatos inusitados e cebolas menos imponentes encontram um lar acolhedor nas cestas oferecidas por essa inovadora companhia paulistana. Afinal, por trás de cada imperfeição, há uma oportunidade de reverter o alarmante desperdício que assola a cadeia de produção alimentar.

Ao vender assinaturas de cestas compostas por frutas, legumes e verduras provenientes de produtores orgânicos certificados, o Mercado Diferente não apenas desafia os padrões estéticos impostos pela indústria, mas também se torna um agente de mudança na luta contra o desperdício. As cestas, entregues com frete grátis, podem conter até 50% de alimentos que não se encaixam nos critérios tradicionais de perfeição.

A motivação por trás dessa iniciativa vai além do simples ato de comercializar produtos "fora do padrão". O Mercado Diferente está comprometido em combater o alarmante índice de desperdício na produção de alimentos, um problema destacado pela FAO. Segundo a organização, aproximadamente 30% dos vegetais cultivados nas lavouras são descartados antes de chegar aos mercados, principalmente devido a critérios estéticos inflexíveis.

Ao desafiar a cultura do descarte baseada na estética, o empresa não apenas resgata alimentos, mas também contribui para a construção de uma consciência ambiental e social mais sustentável. 

Upcycling Food: Como sua empresa pode reduzir o desperdício de alimentos e ajudar o meio ambiente?

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Lingopass
4.3.2024
Tempo de leitura:
7 minutos

No coração de São Paulo, surge uma iniciativa inovadora destinada a desafiar as normas estéticas estabelecidas pelo setor de alimentos e bebidas. O Mercado Diferente, com seu slogan inspirador "Não julgue pela casca", está redefinindo a forma como encaramos frutas e verduras que, de outra forma, seriam relegadas ao desperdício.

“A maioria da população do continente ainda não tem acesso aos orgânicos e o preço é a principal barreira para isso. Ao atender este mercado que, só no Brasil, está avaliado em 35 bilhões de dólares, temos também a oportunidade de lutar contra o desperdício e causar um impacto positivo para toda a sociedade”, afirma Eduardo Petrelli, CEO do Mercado Diferente.

A essência do Mercado Diferente reside em sua missão de resgatar alimentos considerados fora do padrão, muitas vezes rotulados como 'casca feia' pelos supermercados convencionais. Peras com pequenos machucados, beterraba de formatos inusitados e cebolas menos imponentes encontram um lar acolhedor nas cestas oferecidas por essa inovadora companhia paulistana. Afinal, por trás de cada imperfeição, há uma oportunidade de reverter o alarmante desperdício que assola a cadeia de produção alimentar.

Ao vender assinaturas de cestas compostas por frutas, legumes e verduras provenientes de produtores orgânicos certificados, o Mercado Diferente não apenas desafia os padrões estéticos impostos pela indústria, mas também se torna um agente de mudança na luta contra o desperdício. As cestas, entregues com frete grátis, podem conter até 50% de alimentos que não se encaixam nos critérios tradicionais de perfeição.

A motivação por trás dessa iniciativa vai além do simples ato de comercializar produtos "fora do padrão". O Mercado Diferente está comprometido em combater o alarmante índice de desperdício na produção de alimentos, um problema destacado pela FAO. Segundo a organização, aproximadamente 30% dos vegetais cultivados nas lavouras são descartados antes de chegar aos mercados, principalmente devido a critérios estéticos inflexíveis.

Ao desafiar a cultura do descarte baseada na estética, o empresa não apenas resgata alimentos, mas também contribui para a construção de uma consciência ambiental e social mais sustentável. 

O Brasil é o 10º país que mais desperdiça alimentos no mundo

Apesar de ser um dos líderes mundiais na produção de grãos, carnes, aves e laticínios, o Brasil se destaca negativamente quando o assunto é o desperdício de alimentos. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o país figura na 10ª posição no ranking global dos maiores desperdiçadores de comida. Um dado alarmante é que, anualmente, cada brasileiro joga fora em média 60 quilos de alimentos em perfeitas condições de consumo.

O estudo "O Alimento que Jogamos Fora", conduzido pela empresa de pesquisa digital MindMiners em colaboração com a Nestlé, utilizando informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), destaca as áreas onde o desperdício se concentra. Surpreendentemente, metade do desperdício ocorre no manuseio e transporte, enquanto 30% são registrados nas centrais de abastecimento. O campo contribui com 10%, enquanto o varejo e as residências representam outros 10%. Contrariando a intuição comum, a maior parte do desperdício acontece antes de os alimentos chegarem à mesa do consumidor.

De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o país perde anualmente R$ 1,3 bilhão apenas com o desperdício de frutas, legumes e verduras. Surpreendentemente, 75% das pessoas acreditam que a população é a maior responsável pelo desperdício de alimentos, enquanto 66% dos donos ou funcionários de empresas do setor de alimentos compartilham dessa percepção equivocada.

Gustavo Chianca, representante adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, destaca a importância de integrar a redução de perdas e desperdícios na agenda governamental de todos os países. Ele enfatiza que a chave para enfrentar esse desafio está na tomada de decisões embasadas em informações e dados de qualidade, na formação de alianças entre os diversos atores do sistema alimentar, na implementação de programas que promovam o consumo local, apoiem os pequenos agricultores e sensibilizem os consumidores para adotarem hábitos mais sustentáveis.

“As chaves estão na tomada de decisões baseadas em informações e dados de qualidade, nas alianças entre os atores do sistema alimentar, na aplicação de programas que promovam o consumo local, que apoiem os pequenos agricultores, e sensibilizem os consumidores para adquirirem hábitos e práticas mais sustentáveis”, afirma Chianca.

Diante desse cenário, torna-se imperativo repensar práticas e políticas que possam minimizar o desperdício de alimentos, não apenas nas residências, mas em toda a cadeia de produção e distribuição. A conscientização da sociedade, aliada a medidas governamentais e ações setoriais, pode ser a chave para transformar o Brasil em um exemplo de eficiência e sustentabilidade na gestão alimentar.

Sua empresa conheça o conceito Upcycling Food?

O Upcycling Food, ou Reciclagem de alimentos, emerge como uma abordagem inovadora e sustentável na busca por reduzir o desperdício alimentar e promover práticas mais conscientes em relação aos recursos disponíveis. Esta prática visa transformar subprodutos, sobras e ingredientes não convencionais em novos produtos ou refeições, revalorizando o que poderia ser descartado.

Ao contrário da reciclagem, que envolve a transformação de materiais em produtos similares ou de menor valor, o Upcycling Food busca criar algo novo e de maior valor a partir dos ingredientes. Dessa forma, destaca-se como uma alternativa inovadora para enfrentar o desafio do desperdício alimentar de maneira criativa e eficaz.

"Se cada um de nós reduzir o desperdício de alimentos que enviamos para o aterro sanitário, reduziremos o desperdício de alimentos, economizaremos dinheiro e reduziremos as emissões de gases de efeito estufa que prejudicam o meio ambiente." afirma Chip Amoe, Ex-diretor de sustentabilidade do sistema da Henry Ford Health.

Quais são os benefícios?

Os benefícios de implementar essa nova maneira de reciclagem são diversos e impactam positivamente tanto o meio ambiente quanto o setor de alimentos e bebidas.

1. Redução do desperdício

  • Aproveita subprodutos, sobras e ingredientes não convencionais, evitando que sejam descartados em aterros sanitários.
  • Contribui para uma gestão mais eficiente dos recursos alimentares disponíveis.

2. Impacto ambiental positivo

  • Diminui as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção, processamento e descarte de alimentos.
  • Promove uma cadeia alimentar mais sustentável e menos prejudicial ao meio ambiente.

3. Preservação de recursos naturais

  • Reduz a demanda por recursos como água e terra, essenciais na produção de alimentos.
  • Contribui para uma utilização mais consciente e sustentável dos elementos necessários para a agricultura.

4. Refeições sustentáveis e nutritivas

  • Estimula a exploração de novas combinações de ingredientes e técnicas culinárias.
  • Permite a criação de pratos deliciosos e nutritivos, utilizando ingredientes que normalmente seriam descartados.
  • Amplia a variedade de opções alimentares, promovendo uma alimentação mais consciente e inovadora.

Ao abraçar esses benefícios, não apenas enfrenta o desafio do desperdício alimentar, mas também contribui para a construção de um sistema alimentar mais sustentável e criativo. Essa abordagem não apenas impacta positivamente o meio ambiente, mas também oferece uma perspectiva promissora para a evolução da culinária e da conscientização alimentar.

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